quinta-feira, 26 de julho de 2012

Com transmissão na Record, Jornal Nacional continua a ignorar Olimpíada



Os anéis olímpicos só devem aparecer na tela da Globo após os Jogos de Londres, quando Rio-2016, este com transmissão da emissora carioca, entra em foco (Foto: Neil Hall. Reuters)
São Paulo – Catorze segundos. Esse é o tempo que o Jornal Nacional  dispensou em todas as suas edições nas duas últimas semanas para abordar os Jogos Olímpicos de Londres, que serão abertos oficialmente nesta sexta-feira (27) à noite. A Rede Globo segue, assim, sua política de deixar de lado eventos para os quais não seja a detentora dos direitos de transmissão – ainda que o evento em questão seja um dos dois mais importantes do mundo em termos esportivos ao lado da Copa.
A única menção à Olimpíada foi feita no dia 20. Catorze segundos foram suficientes para descrever a vitória da seleção de futebol sobre a Grã Bretanha por dois gols a zero. E nada de replay para os tentos de Sandro e de Neymar. Nada do sempre sorridente Tino Marcos, repórter oficial de acontecimentos relacionados à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e presença certa no JN em dias de jogos deste nível.
Como observou Lalo Leal, colunista da Revista Brasil
“neste ano a euforia com que a Globo cerca eventos desse tipo desapareceu. Em cada Olimpíada (ou Copa do Mundo) éramos bombardeados por informações quase sempre sem nenhuma importância transmitidas em qualquer programa da emissora. Nos telejornais e nos auditórios era um desfilar permanente de atletas, dirigentes, torcedores, sem faltar familiares de esportists comemorando vitórias ou chorando derrotas”.
Nada que cheire a Olimpíada tem figurado no principal noticioso da maior emissora de televisão do país. Na edição de ontem (24), nem menção à viagem da presidenta Dilma Rousseff, que chegou hoje (25) a Londres para uma série de reuniões e, sim, para acompanhar a abertura do evento.
A esta altura, seria de se imaginar o narrador Galvão Bueno e um quase infinito elenco de comentaristas aparecendo confiantes na telinha, celebrando a festa do esporte, exaltando o caráter de integração capaz de superar diferenças políticas, econômicas e culturais em prol da paz. Mas, não. Ao que tudo indica, a rede da família Marinho levará até o último minuto a política de não mencionar o evento, com transmissão da Rede Record, concorrente em termos de audiência.
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