sábado, 16 de abril de 2016

Deputados reagem contra o impeachment

Deputado Damião Feliciano-PDT-PB participou do ataque ao impeachment junto com outros colegas do PDT.

O líder do PDT na Câmara, deputado Weverton Rocha (MA), disse há pouco que a posição do partido contra o impeachment não representa uma defesa do PT e do governo, mas sim a luta para preservar a Constituição Federal. O PDT foi o décimo primeiro partido a subir à tribuna.

Para o líder da legenda, composta por 19 deputados, os partidos de oposição estão usando o impeachment para manter a disputa política eleitoral. “No momento em que nós deputados compreendermos o momento que vive o nosso país, iremos ajudar o Brasil a sair dessa crise. Se o Brasil tivesse com sua economia pujante, o trabalho a todo vapor, óbvio, que não se tinha esse clima nas ruas”, disse.

Citando vários movimentos da história do Brasil, como a Conjuração Baiana, a Inconfidência Mineira, a Guerra da Farroupilha e Balaiada, Rocha disse que, assim como no passado, agora, é preciso lutar contra as classes dominantes.

“A crise que vivemos é moral. A população está indignada ao mesmo tempo que deveria estar feliz. Está indignada com os escândalos revelados pela Operação Lava Jato, mas parece que descobriram a corrupção, agora, em 2016, e nós sabemos que essas grandes lutas e a corrupção se entranhou nos pilares da sociedade. Não só no Poder Público, como nas empresas privadas”.

De acordo com o deputado, derrotado o impeachment no domingo (17), a presidente Dilma deve buscar, de imediato, o diálogo com todos os setores da sociedade para buscar soluções para os problemas do país. “A solução para essa crise, primeiro, é ter um projeto de país. Por isso, temos a responsabilidade de estarmos dentro do governo e agora, neste momento difícil, não iríamos pular [fora] como ratos”.

PCdoB critica Temer e Cunha


Os deputados do PCdoB escalados para falar no plenário da Câmara fizeram uma defesa da presidente Dilma Rousseff e disseram haver um "conluio" entre o vice-presidente Michel Temer e o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para tirá-la do cargo. Dizendo que o processo de impeachment em discussão, cuja votação pela admissibilidade será feita pelos deputados neste domingo (17), trata-se de um "projeto de poder pessoal que não tem respaldo popular", os parlamentares comunistas descreditaram a denúncia contra a presidente e manifestaram confiança de que o processo de impedimento de Dilma será derrotado.

A líder do partido, deputada Jandira Feghali (RJ), disse que a presidente, "mulher que entrou [no governo] pela porta da frente com 54 milhões de votos", não sairá pela porta dos fundos. "O povo não suporta traição, não gosta de traição. Muito menos alguém que se pretende unificador desse país, do equilíbrio e da tranquilidade, em um governo que se pretende [ser] solução para o país, um governo que sai de um golpe, da violação da Constituição, sem nenhum voto que o legitime para comandar este Brasil. Esse governo não governará. Michel Temer não sairá nas ruas", disse.

Primeira a falar pelo tempo reservado ao PCdoB, a presidente do partido, deputada Luciana Santos (PE), lembrou que Cunha “é réu em sete processos” no Supremo Tribunal Federal. Dizendo que impeachment sem base legal é golpe, a parlamentar citou manifesto de representantes do Ministério Público, segundo o qual não há crime sem lei anterior que o defina e sem entendimento jurisprudencial. Para ela, tanto os decretos suplementares editados por Dilma quanto as chamadas “pedaladas fiscais” são procedimentos embasados em lei que sempre foram considerados pelo Tribunal de Contas da União até 2015.

Blog rafaelrag com Ivan Richard e Paulo Victor Chagas - Da Agência Brasil


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